terça-feira, 15 de dezembro de 2009

De Nada Adiantaria Sem Ela... Autor Luiz R. de O. Soares

SIMPATIA
de Luiz R.de O.Soares
A roupa te veste... Te enfeita...
Te adorna e fantasia...
Te enfeita, tentando esconder
o belo e cobiçado!...
Porém, o pano à pele gruda...
Aperta-se grudado!...
Fazendo tranparecer o que "extasia"!...
- Mostrando "forma",
- Que existir não ia -
Se, enfeitada não fosse... E, adornada!...
Não fosse pela tua simpatia!...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Vida - Dádiva de Deus de Luiz R de O. Soares

VIDA, DÁDIVA DE DEUS!

De Luiz R.de O. Soares

Certa vez surpreendi-me perguntando-me,
Sobre esta vida, que de graça me foi dada.
E, em sonoros pensamentos, fui falando.
Sobre esta bênção que eu trago bem guardada.

E olhando o céu, fui repassando toda a graça.
E relembrei da minha infância... A minha história...
Não lembro tudo – por maior força que eu faça –
Os maus momentos se apagaram da memória!...

– Só os bons momentos eu relembro... E com saudade!...
Ah! Como era bom aquele tempo de criança!
Os meus irmãos, papai, mamãe, minha cidade...
Ah! Como é tão bom traz-los sempre na lembrança!

E fui crescendo... Outras pessoas conhecendo...
– Nossos vizinhos, meus amiguinhos de infância...
E como belo, tudo, foi me parecendo!
Mas, tudo passa... E, só aumenta essa distância!...

E hoje, revendo a minha vida tão querida,
E em voz alta as coisas boas repassando.
Não posso negar que foi feliz – mesmo sofrida –
Pois, coisa nova, dentro de mim, Deus foi criando!...

E fez-me amar por várias vezes – com a paixão –
Que só aos jovens, é dado amar com tal ardor!
Que muitas vezes fez chorar meu coração...
E se hoje não falo, não é por mágoa ou pudor.

É que não me lembro bem das dores que passei,
E só de ‘coisas’ que relembro... Com saudade!...
– Das ‘coisas’ lindas... Que das quais eu já falei!
– Dos tempos bons que eu passei na mocidade!...

Cruzar de Olhares - de Luiz R.de O. Soares


Embora eu tenha já perdido a conta
de quantas vezes a emoção me estremeceu...
Uma delas gravou a minha alma tonta,
ao deparar-se com este olhar tão teu!...

O olhar que me refiro neste instante
e que me fora deveras estonteante...
Foi o teu olhar... Aquele que você me deu!
_ Aquele olhar, hoje, é só meu!...

Porque, duvido!... E 'faço pouco' até o fim!
Que algum dia torne olhar pra outro alguém
daquela forma que olhaste para mim!...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

INTERMEZZO

INTERMEZZO
Autor: Giuseppe Ghiaroni
Um ligeiro intervalo de esperança,
foi a nossa escapada da rotina:
cada dia uma glória repentina;
cada noite a euforia da mudança.

Um ligeiro intervalo de esperança
e eu julguei ter achado o ouro e a mina.
Vi no teu rosto aquela luz divina,
voltei a ser poeta e a ser criança.

Foi a nossa embriaguez dos impossíveis;
ilusão de vencer os invencíveis
e de alcançar o que ninguém alcança.

Mas foi bom. Foi tão mais do que mereço,
que hoje, em desespero, eu te agradeço
o ligeiro intervalo de esperança!...