terça-feira, 12 de outubro de 2010

domingo, 29 de agosto de 2010

Ilusõएस दो Amanhã

Ilusões do Amanhã

de Alexandre Lemos

“Por que eu vivo procurando um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver, se não for para mim que seja pra você.

Mas às vezes você parece me ignorar, sem nem ao menos me olhar,
Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr.
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.

Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê?...
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.

Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
Talvez eu seja um tolo,
Que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer,
Eu fiz brotar a flor.
Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador...
Sou um tolo que acredita, ainda, no amor..”

Autor: PRÍNCIPE POETA Alexandre Lemos - Aluno da APAE
28 anos de idade
Postado por luizrosoares

terça-feira, 4 de maio de 2010

Pinheiral, 04 de maio de 2010
Querida Mamãe,
Lembra deste poema?
Ah! Que saudades!...
A Senhora gostava tanto de ouvi-lo quando eu o lia!
Desde a primeira vez que o li para a Senhora, na Fazenda do Senhor Jesus – em Campinas – SP, em 1984, tenho lido este poema de Ghiaroni... E, a cada ano que passa, ele me remete a um sentimento diferente e inexplicável, que cresce; e se transforma; e se agiganta e se aprofunda mais e mais dentro de mim. Quanto mais leio este poema – a cada ano, mais ele me mostra “um” significado diferente do que seja o verdadeiro AMOR... Mas o principio partiu da Senhora Minha Mãe Querida!... “Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem... Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser... Sentimento de afeto ditado por laços de família... Sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra, e que engloba também atração física... Amor passageiro e sem conseqüência; capricho... Afeição, amizade, carinho, simpatia, ternura... Muito cuidado; ciúme, zelo, carinho ao objeto do amor... E acima de tudo: - Adoração, Veneração, Culto e Amor a Deus”. Tudo isso a Senhora nos ensinou... E a cada ano, neste dia dedicado a todas as Mães do Mundo, volto a lê-lo; e volto a sentir que no meu coração, o lugar que Senhora ocupou, jamais ficará vazio porque seus ensinamentos sobre AMOR o preenchem e transbordam!... Mais uma vez, obrigado Mamãe!...

Nota do autor: Minha Mãe partiu em 12 de setembro de 1986.


DIA DAS MÃES

Autor: Giuseppe Ghiaroni
I
Mãe! Eu volto a te ver na antiga sala,
onde uma noite te deixei sem fala
dizendo adeus como quem vai morrer.
E me viste sumir pela neblina,
porque a sina das mães é esta sina:
amar, cuidar, criar, depois... Perder.
II
Perder o filho é como achar a morte.
Perder o filho quando, grande e forte,
já podia ampará-la e compensá-la...
Mas nesse instante uma mulher bonita,
sorrindo... O rouba! E a velha mãe aflita,
ainda se volta para abençoá-la!...
III

Assim parti... E nos abençoaste.
Fui esquecer o bem que me ensinaste.
Fui para o mundo me deseducar.
E tu ficaste num silêncio, frio...
Olhando o leito que eu deixei vazio...
Cantando uma cantiga de ninar!
IV

Hoje volto coberto de poeira
e te encontro, quietinha na cadeira,
a cabeça pendida sobre o peito.
Quero beijar-te a fronte, e não me atrevo.
Quero acordar-te, mas não sei se devo,
não sinto que me caiba este direito.
V

O direito de dar-te este desgosto,
de te mostrar nas rugas do meu rosto
toda a miséria que me aconteceu.
E quando vires e expressão horrível
da minha máscara irreconhecível,
minha voz rouca murmurar:''Sou eu!"
VI

Eu bebi na taberna dos cretinos;
eu brandi o punhal dos assassinos;
eu andei pelo braço dos canalhas.
Eu fui jogral em todas as comédias;
eu fui vilão em todas as tragédias;
eu fui covarde em todas as batalhas.
VII

Eu te esqueci: as mães são esquecidas...
Vivi a vida, vivi muitas vidas,
e só agora, quando chego ao fim,
traído pela última esperança...
E só agora, quando a dor me alcança:
Lembro de quem nunca se esqueceu de mim...
VIII

Não!... Eu devo voltar... Ser esquecido...
Mas, que foi? De repente ouço um ruído;
a cadeira rangeu; é tarde agora!...
Minha mãe se levanta abrindo os braços
e, me envolvendo num milhão de abraços,
rendendo graças, diz:"Meu filho!", e chora.
IX

E chora... E treme... E como fala e ri...
E até parece que Deus entrou aqui,
em vez de o último dos condenados.
E o seu pranto rolando em minha face...
Quase é como se o Céu me perdoasse
e me limpasse de todos os pecados.
X

Mãe! Nos teus braços eu me transfiguro.
Lembro que fui criança, que fui puro.
Sim, tenho mãe! E esta ventura é tanta.
que eu compreendo o que significa:
- O filho é pobre... Mas a mãe é rica!
- O filho é homem... Mas a mãe é santa!
XI

Santa que eu fiz envelhecer sofrendo,
mas que me beija como agradecendo
toda a dor que por mim lhe foi causada.
Dos mundos onde andei nada te trouxe,
mas tu me olhas num olhar tão doce
que , nada tendo, não te falta nada.
XII

Dia das Mães! É o dia da bondade...
Maior que todo o mal da humanidade
purificada num amor fecundo...
E por mais que o homem seja um ser mesquinho...
Enquanto uma Mãe cantar junto a um bercinho...
- Cantará a Esperança para o mundo!...